É bem provável que a área da saúde tenha uma certa aversão a termos que evidenciem a relação comercial que existe quando um paciente contrata algum tipo de atendimento ou serviço. Captação é um destes termos. Ele indica ações isoladas ou políticas institucionais que têm como objetivo atrair novos consumidores (no caso médico, os pacientes). Toda empresa deve desenvolver boas políticas de captação, de maneira a manter sempre um bom fluxo de clientes na sua fila de atendimento.
Porém, no campo dos serviços em saúde, ações de captação acabam não sendo bem vistas, pois são interpretadas como uma espécie de incentivo ao uso do serviço (como se um prestador qualquer estimulasse as pessoas a continuarem utilizando sua estrutura, mesmo sem a devida necessidade). Por este olhar puramente comercial, falar em captação na área médica pode soar como indevido ou inadequado.
Mas este é um problema de interpretação. Captar clientes não necessariamente está ligado a estimular o consumo entre eles. O ponto mais importante de uma política de captação está em direcionar os esforços para atrair os clientes corretos (tema explorado no último post – aqui), pois já vimos que incluir nos seus processos de atendimento pacientes com uma expectativa muito diferente daquilo que se tem a oferecer pode representar um verdadeiro desastre.
Portanto, pensar a sua estratégia de captação não tem relação direta com venda, mas sim em fazer a sua marca chegar ao público correto, o que certamente vai gerar melhores resultados tanto do ponto de vista financeiro, quanto no operacional. Lembre-se sempre que atrair o cliente vai “contaminar” o seu serviço, chegando a desestruturá-lo em casos extremos. Voltaremos a este assunto na próxima.
Postado por Bruno Garcia
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